top of page

Entre o amor e os prazos: a mulher e sua dança invisível

  • Foto do escritor: Mirella Matos
    Mirella Matos
  • 22 de abr.
  • 2 min de leitura

Antes que o sol desperte, ela já está de pé.

Talvez não por escolha, mas por amor — aquele que arde e acolhe ao mesmo tempo.

Ela prepara o café, separa os uniformes, dá beijo na testa, confere a agenda.

Tudo ainda meio no automático, mas sempre com intenção.


Ela é mãe.

Mas também é mulher.

E entre uma função e outra, ela se equilibra no invisível.

Carrega no colo os filhos e, nos ombros, o mundo.


Ninguém viu quando ela respondeu e-mails enquanto embalava o bebê.

Ou quando chorou sozinha no banheiro porque estava cansada demais pra continuar — e mesmo assim continuou.

Ninguém reparou que ela dormiu sem tirar a maquiagem, nem que passou semanas sem se olhar de verdade no espelho.


Ela vai se deixando por último…

Não por descuido. Mas porque aprendeu, cedo demais, que amar é se doar.

E às vezes esquece que amor também é se nutrir.


Mas dentro dela, mora uma mulher.

Que sente. Que sonha. Que deseja.

Que precisa de cuidado, de toque, de pausa, de vaidade sem culpa.

Que quer se reconhecer no reflexo com orgulho — e não apenas como papel.


Porque beleza não é sobre aparência. É sobre presença.

Autocuidado não é luxo. É estrutura.

É o alicerce invisível que sustenta o dia, o humor, a paciência.

Quando uma mulher se cuida, ela se reconecta.

E quando a mãe está bem, o mundo inteiro ao redor floresce.


Neste Dia das Mães, o convite é simples e poderoso:

Volte pra si.

Se olhe com mais ternura.

Se permita um tempo só seu — pra cuidar, pra se arrumar, pra respirar.


Porque a mulher que mora em você também merece ser celebrada.

Comentários


bottom of page